
Algumas semanas atrás tive o privilégio de assistir a estréia do documentário de Guilherme Planel junto com vários colegas fotojornalistas no Leblon. O filme que conta com os principais fotógrafos, dos principais jornais do Rio de Janeiro (O Globo, O Dia, Extra, Jornal do Brasil) busca um retrato atual da perigosa cobertura do fotojornalismo carioca.
A dura realidade de exercer essa profissão, até que ponto temos que manter a câmera erguida? colocar a vida em risco por uma foto? O que é valido ou não é discutido no filme, mas sem uma resposta concreta o documentário é composto por entrevistas simples em que muitas vezes a emoção toma conta da narrativa.
As incertezas sobre o que é certo, perde vez quando todos concordam que na nossa profissão temos que documentar a realidade, mesmo que ela seja dura e cruel. A grande tristeza é que não sabemos se esse filme terá a visibilidade que ele merece, pois é o primeiro filme feito para fotojornalistas no Brasil e mostra que não somos uns "urubus", temos corações e fotografamos com coração, mas as vezes temos que "fazer sem pensar", para não deixarmos de fazer.
Esse filme é uma grande discussão sobre a ética do fotojornalismo atual e todos os cursos de jornalismo merecem essa aula, não só esse curso, mas a sociedade em si.
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